21 de janeiro de 2016

Nunca te esqueças de mim...

Depois de poucas más experiências, eu estava com medo mas nunca te disse "Não quero".
Porque queria. E muito.
Quando dei por mim, lá estavas tu. Infiltrado no meu coração. Nem pediste, seu indelicado. Mas já não fui a tempo de te evitar.
Nem queria.
Eu sei que tenho um coração. Eu sinto-o a partir-se. Amar-te é uma arte. Eu ponho-me de lado muitas vezes. Peço desculpa mesmo quando acho que estou certa. Morro de ciúmes. Sofro de saudades tuas. Sorrio quando o telemóvel toca. Fico com dor de barriga quando vês a mensagem e não respondes. Basicamente, fico ridícula. E alguém ficar ridícula como eu é uma arte. Mas amar também é achar que és a última bolacha do pacote, a última cerveja fresca do deserto. Pensava muitas vezes naquilo que faz uma história resultar ou não e sei que é preciso haver paciência e compreensão. Não há melhor coisa na vida que sentir, ver, ouvir, ler, alguém que perca o seu tempo a pensar em nós, a querer-nos e a gostar de nós. Por muito tempo tinha outra definição de "amor", de "gostar" de alguém. Não era como agora. Antes não me davam o devido valor nem eu achava que valia alguma coisa. Tu mudaste tudo o que alguma vez já tinha sentido. Tu foste a única pessoa que me fez abrir os olhos para a vida, que me ajudava a descobrir sentimentos que nunca soubera que existiam. Contigo, eu aprendi uma lição. Aprofundar-nos numa relação, seja ela tão boa e saudável como for, é insanidade mental. Mas gostar de alguém de maneira tão profunda, não é uma coisa má. Principalmente quando se sabe que vale a pena. E tu, meu bem, vales tanto a pena. Se há coisa que irei fazer, é lutar por ti e pelo nosso futuro. Não aguento sentir que não estás bem comigo e que não queres. Porque eu te magoei. E muito. Mas nunca o faria de propósito. Eu contigo aprendi a amar. A amar a sério. A sentir isto de tal maneira ao ponto de saber que és a pessoa que mais quero no mundo. Depois de algum tempo sabemos que gostar de alguém é simples, mas mostrar isso da maneira certa leva o seu tempo. Não é fácil agradar alguém. Não é fácil agradar-te, mas eu tento. Tento e vou tentar sempre. Já passamos tanto, já passamos os momentos mais bonitos. Assim como os piores. Mas nós ultrapassamos sempre tudo, porque não ultrapassarmos isto? Eu sei que não sou fácil, tenho o pior feitio do mundo. E tu sempre deste o melhor de ti para me perceber e aturar. Eu sou um nada no meio de tudo sem ti. Dou-te tanto valor e ainda tenho o resto do mundo para te dar. Por favor, fica. Eu sinto que a vida me tirou tudo. O teu cheiro. O teu toque. Tirou-me tu, que és o meu apoio, o meu porto de abrigo. O teu sorriso. O teu amor. O teu carinho. As tuas brincadeiras. E só me apetece desaparecer. Eu devia ter sido quem realmente sou na hora das discussões. Não a miúda histérica que fui. Não a miúda a agressiva que não sou, mas fui. Eu não sou assim. É o medo de te perder que fez com que te perdesse. Eu queria tanto ter-te nos meus braços. Eu devia ter-te agarrado quando me pediste para te largar. Devia ter abrido aquele vinho verde que compraste e ir para a varanda contigo e olhar para o céu, mesmo que estivesse a chover, porque sei que o nosso momento o tornaria o céu mais lindo. Tu fazes tudo mais bonito. O meu mundo contigo fica mesmo perfeito, mesmo único, mesmo especial. Eu devia ter largado o meu telemóvel e ter-te dado beijos. Devia ter parado de ver aquele filme de costas para ti e ter feito amor contigo. Devia ter feito tudo ao contrário naquele dia. Devia ter deixado de ser tão orgulha e com a mania da razão para te fazer ver o quanto me fazes feliz. Devia ter-te mostrado que eu te amo como sempre amei. E cada vez mais que te amo, meu amor. Não desistas de mim. Quero que sejas somente meu, mas sem estar preso. É assim que eu sou. Eu sou uma rapariga tão simples e descomplicada e compliquei tanto. Desculpa. Estou tão arrependida de não te ter abraçado quando me chateaste para ficarmos bem. Eu sou mesmo estúpida, como? Como é que tu achas-te que eu não estava nisto por inteiro? Eu estava. Eu estou. Volta. Estou tão sozinha sem ti. Não há ninguém que me compreende como tu.
O importante é nunca ficar pela metade. Que nunca sejamos mais ou menos. Que façamos tudo ao nosso alcance, ao alcance do nosso amor. Que olhes sempre para mim e me vejas como tua metade. Não desperdices o que tínhamos, o que temos. A tua voz grossa faz-me tanta falta. Eu amo-te Filipe, homem da minha vida, meu verdadeiro amor. 

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